O debate está marcado para as 10 horas, no plenário 14, e promete reunir especialistas, representantes do setor petrolífero e parlamentares interessados no assunto. A Petrobras, principal empresa do ramo no Brasil, solicitou licença para explorar um campo de petróleo nessa região, com um potencial estimado em 14 bilhões de barris.
A extensão da margem equatorial brasileira, que se espalha por mais de 2.200 km ao longo da costa, representa uma oportunidade significativa para suprir a demanda energética do país. No entanto, o primeiro poço exploratório está localizado a mais de 160 km do ponto mais próximo da costa e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas, o que levanta questões ambientais e logísticas importantes.
De acordo com Júnior Ferrari, a Petrobras seguiu todos os procedimentos exigidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante o processo de licenciamento ambiental da região. No entanto, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, alertou que o presidente Lula da Silva pretende publicar um decreto que estabelece a necessidade de realizar a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) em locais sensíveis antes da exploração de petróleo.
Essa medida poderá adiar o início da exploração em aproximadamente quatro anos, o que tem gerado críticas e debates acalorados entre os envolvidos. O cenário promete ser de intensos debates e questionamentos, levando em consideração os interesses econômicos e ambientais envolvidos na exploração de petróleo na margem equatorial brasileira. A sociedade e os ambientalistas permanecem atentos aos desdobramentos desse importante tema.