Comissão de Direitos Humanos aprova diligência externa no Rio Grande do Sul para acompanhar situação humanitária em meio a tragédia das enchentes.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou, em sua sessão realizada nesta quarta-feira (15), a realização de uma diligência externa no estado do Rio Grande do Sul para monitorar a situação humanitária relacionada à assistência prestada a crianças, idosos e pessoas com deficiência. A iniciativa, proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS) por meio do requerimento REQ 32/2024 – CDH, tem como principal objetivo acompanhar de perto a realidade enfrentada pela população afetada pelas recentes enchentes no estado.

Segundo o senador Paim, que integra a Comissão Temporária Externa do Rio Grande do Sul, a diligência será realizada em conjunto com essa comissão na próxima semana. O Rio Grande do Sul tem enfrentado uma catástrofe de grandes proporções, com mais de 2,1 milhões de pessoas impactadas diretamente pelas enchentes e mais de 600 mil desalojadas de suas residências. Além disso, a destruição da infraestrutura no estado tem dificultado as ações de socorro e assistência às vítimas.

Durante a sessão da CDH, o senador emocionou-se ao falar sobre a situação vivenciada pelos moradores do Rio Grande do Sul. Ele ressaltou a importância do apoio aos voluntários e equipes de bombeiros que têm atuado incansavelmente para prestar assistência à população afetada. Paim enfatizou a atuação da sociedade civil, chamando os voluntários de “heróis” que têm se dedicado a reverter a tragédia que se abate sobre o estado.

Além disso, o senador solicitou o apoio dos demais membros da CDH para a aprovação de um projeto do governo que visa suspender os pagamentos de 36 parcelas mensais da dívida do Rio Grande do Sul com a União, de forma a permitir que esses recursos sejam direcionados para as ações de enfrentamento da situação de calamidade pública decorrente das chuvas. A expectativa é que o projeto seja votado com urgência no Plenário do Senado.

Com mais de duas semanas desde o início das tempestades, mais de 400 municípios gaúchos tiveram bairros inteiros inundados pelas cheias dos rios. A tragédia climática já resultou em 149 mortes confirmadas, 108 desaparecidos e mais de 600 mil pessoas desalojadas, sendo 76,5 mil acolhidas em abrigos. A situação é considerada a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul.

Sair da versão mobile