Os requerimentos visam convocar o ministro para prestar esclarecimentos sobre diversos temas, como a operação da Polícia Federal na casa do jornalista Oswaldo Eustáquio, denúncias de assédio envolvendo o ex-ministro Silvio Almeida, investigações sobre as queimadas, uso de armas e algemas em abordagens policiais, bem como um questionário sobre a identidade política dos agentes da Polícia Rodoviária Federal. Até o momento, o Ministério da Justiça e Segurança Pública não se pronunciou sobre as convocações.
Durante a votação, o deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO) tentou questionar os procedimentos, alegando que as convocações deveriam ser discutidas separadamente. No entanto, o presidente da comissão falou por cima e acelerou o processo. Ao final, Meira pediu desculpas a Alexandrino, mas o mesmo decidiu se desligar da comissão, alegando quebra de confiança. A situação foi descrita como lamentável pelo presidente.
Além das convocações, a comissão aprovou uma moção de repúdio aos candidatos à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT), por terem alterado a letra do hino nacional em um comício. A atitude gerou reações e críticas por parte de parlamentares de direita, que também aproveitaram a sessão para atacar o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) por conta de seu projeto que propõe mudanças no sigilo de investigações.
Essa tumultuada sessão na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado reflete a polarização política e os debates acalorados que têm marcado o cenário político brasileiro, evidenciando a importância do papel do Legislativo na fiscalização e prestação de contas dos órgãos governamentais.