Comissão aprova prorrogação de benefícios para cinemas no Brasil até 2029: Regime especial de tributação e deduções fiscais ampliados.



A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta semana, o Projeto de Lei 1064/24, que prorroga o prazo para utilizar o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine) até o final de 2029. Essa medida tem como objetivo fomentar a expansão e modernização do parque cinematográfico brasileiro, principalmente em cidades de menor porte.

O Recine possibilita a desoneração de impostos como PIS, Cofins, IPI e II para compras realizadas no mercado interno ou por importação com o objetivo de implantar ou modernizar salas de cinema. Com a aprovação do projeto, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) será encarregada de avaliar e acompanhar os benefícios concedidos.

Além disso, o governo determinará metas e objetivos a serem cumpridos pelos produtores, distribuidores e exibidores, por meio de decreto. Os contribuintes e empresas tributadas pelo lucro real também poderão deduzir incentivos a fundos municipais de cinema (Funcines), visando estimular investimentos no setor.

A relatora do projeto na comissão, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), destacou que os incentivos contribuem para a recuperação da indústria cinematográfica após os impactos da pandemia de Covid-19. Segundo ela, o benefício não representa um reflexo negativo no orçamento, mas sim uma forma de estimular o investimento privado no setor, poupando recursos públicos.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, estimou que a renúncia fiscal anual até 2027 deve atingir cerca de R$ 7,2 milhões. De acordo com o governo, para cada R$ 1 de impostos não recolhidos, há um retorno de R$ 8 em investimentos nas empresas beneficiadas.

A proposta também prorroga os incentivos fiscais da Lei do Audiovisual até o final de 2029, permitindo que pessoas físicas e jurídicas deduzam do imposto de renda valores destinados a projetos de produção cinematográfica e audiovisual aprovados pela Ancine. Os limites de dedução para apoio a obras de cinema brasileiro de produção independente e outras categorias cinematográficas também serão ampliados.

Agora, o projeto seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votado no Plenário da Câmara dos Deputados e, posteriormente, no Senado, para se tornar lei. O objetivo é fortalecer o setor cinematográfico brasileiro e incentivar o desenvolvimento de novos projetos na área.

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