De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o impacto dessa mudança na legislação pode resultar em um aumento de 4% a 7% no preço da gasolina e de 1% a 4% no diesel. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia, menciona que até o momento apenas a Ipiranga se pronunciou sobre o reajuste de preços, porém é esperado que outras distribuidoras sigam o mesmo caminho nos próximos dias.
Diversas distribuidoras, como Vibra (antiga BR), Raízen (dona da Shell) e Ale, foram procuradas para comentar sobre a situação, mas até o momento não se pronunciaram. Emílio Roberto Chierighini Martins, do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap), relata que representantes de outras distribuidoras estão verbalmente informando sobre possíveis aumentos entre terça e quarta-feira.
Os postos de combustíveis ainda não têm informações precisas sobre o valor do reajuste por litro, no entanto, há previsões indicando possíveis acréscimos de R$0,30 no preço da gasolina e até R$0,23 no diesel. Gouveia ressalta que as empresas terão que arcar com esses custos adicionais devido às mudanças na legislação, o que pode resultar no repasse desses valores para o consumidor final.
A medida provisória em vigor já obriga as empresas a desembolsar mais dinheiro para cumprir com suas obrigações tributárias no próximo dia 20. Martins acredita que os avisos de aumento nos preços são uma forma de pressão das distribuidoras sobre o governo, considerando a inconstitucionalidade da medida. No entanto, para os postos e consumidores, os efeitos desse possível aumento serão imediatos, refletindo diretamente no bolso de todos os envolvidos.