Recentemente, Beltrão destacou seu empenho em garantir R$ 43 milhões em investimentos direcionados à saúde do estado de Alagoas. Esses recursos, que já foram transferidos para a Secretaria Estadual de Saúde, têm como objetivo primordial o fortalecimento das ações contra o câncer e o aprimoramento dos tratamentos de alta complexidade. A aprovação do projeto sobre o HPV é vista como um avanço significativo, uma vez que promoverá esforços robustos na prevenção e diagnóstico precoce da infecção, uma condição tratável, mas que demanda detecção ágil.
A vacinação surge como a principal medida preventiva incorporada ao projeto, complementada por exames diagnósticos abrangentes que incluem físico, colposcopia, citologia, biópsia, além de testes sorológicos e moleculares. Essa nova política enfatiza a ampliação do acesso da população a métodos de prevenção eficazes, diagnóstico preciso e tratamento adequado, que poderá ser realizado em casas ou ambulatórios.
No contexto atual, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra o HPV a crianças e adolescentes, de 9 a 14 anos, a vítimas de abuso sexual, e a adultos até 45 anos com condições de saúde específicas, como HIV, pacientes oncológicos ou que passaram por transplantes. A expansão do público-alvo para a vacinação é uma meta em andamento pelo Ministério da Saúde.
O peso do HPV como um problema de saúde pública não pode ser subestimado. Estima-se que o Brasil registre mais de 16 mil novos casos de câncer do colo do útero anualmente, com uma taxa de mortalidade de 6,17 por 100 mil habitantes. Esses dados trágicos reforçam a necessidade urgente de programas de triagem populacional eficazes para garantir a detecção precoce e o tratamento de lesões precursoras, prevenindo assim o avanço para estágios mais críticos da doença. A morte de uma mulher a cada 90 minutos no país, devido a um câncer que poderia ser evitado, sublinha a importância desta nova política aprovada pela Câmara.