Comando Vermelho se fortalece em Complexos do Alemão e da Penha, transformando residências em bunkers e centros de comando do tráfico no Brasil.

Na persistente e violenta luta pelo controle territorial e a expansão do tráfico de drogas, o Comando Vermelho (CV) tem buscado estratégias diversificadas para se fortalecer e evitar a atenção das autoridades policiais. Recentemente, após uma grande operação realizada no dia 28 de outubro, as forças de segurança do Rio de Janeiro detalharam a complexa atuação dessa facção criminosa, evidenciando sua capacidade de adaptação e resistência.

O secretário da Polícia Civil do estado, Felipe Curi, declarou que os Complexos da Penha e do Alemão se transformaram nos principais centros de comando do Comando Vermelho no Brasil. Esses locais, uma vez considerados apenas comunidades, agora abrigam uma infraestrutura robusta voltada para o crime organizado. As investigações revelaram que mais da metade dos indivíduos mortos durante a operação havia se deslocado de outros estados, usando os morros como esconderijo enquanto fugiam das autoridades.

A facção, em sua busca incessante por controle, tem se apropriado de residências para estabelecer suas bases de operações. Estas casas, antes simples moradias, são convertidas em fortificações que incluem portas de aço, rotas de fuga camufladas e até paredes falsas. De acordo com o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, durante a megaoperação, os traficantes se refugiaram em casas, na mata e em pontos estratégicos conhecidos como “seteiras”, buracos que permitem disparos e dificultam a ação policial.

Nos meses anteriores, já havia sido constatada a utilização de imóveis como verdadeiros centros de treinamento para novos membros da facção. Os Complexos da Penha e do Alemão, agora descritos como escritórios do crime, são onde se concentram as decisões e diretrizes do Comando Vermelho para suas atividades em outros estados. As investigações indicam que eles também são locais de treinamento intensivo em técnicas de tiro e manuseio de armamento, além de estratégias de guerrilha.

Diante dessa realidade alarmante, as operações policiais têm buscado desmontar essa estrutura criminosa. Em junho, uma força-tarefa foi mobilizada para demolir edifícios luxuosos na comunidade da Rocinha, que serviam como sedes do tráfico. Esses imóveis dispunham de luxos como piscina e áreas de lazer, além de estruturas criadas para facilitar a fuga em situações de emergência.

A batalha entre o estado e o Comando Vermelho revela um cenário complexo e desafiador, onde a facção não apenas resiste, mas se reinventa constantemente, adaptando-se às ações repressivas e mantendose firme em seus objetivos de domínio e expansão no narcotráfico.

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