Com cerimônia restrita, fãs se aglomeram no cemitério para se despedir de Silvio Santos



Mesmo com a cerimônia restrita, admiradores do icônico apresentador Silvio Santos se reuniram no Cemitério Israelita do Butantã, situado na zona oeste de São Paulo, para prestar suas últimas homenagens na manhã deste domingo, 18. Silvio Santos, que deixou um legado marcante na história da televisão brasileira, faleceu aos 93 anos no último sábado, 17, devido a uma broncopneumonia provocada pela infecção do vírus H1N1.

Atendendo ao desejo previamente manifestado por Silvio Santos, o velório não foi aberto ao público. A despedida ocorreu em uma cerimônia judaica reservada exclusivamente para familiares e amigos íntimos. A imprensa foi mantida à margem do evento, sem permissão para ingresso no cemitério.

Durante a chegada e saída dos presentes, a família de Silvio Santos optou por manter o silêncio. Daniela e Rebeca Abravanel, duas de suas filhas, acenaram para os fãs e repórteres de dentro de um veículo, mas nenhum dos participantes expressou-se diretamente à mídia.

Apesar das restrições, a devoção dos fãs se fez presente. Jean Cordoba e Mirele Carvalho, um casal de Barueri, não hesitaram em enfrentar a madrugada para realizar seu tributo a Silvio Santos, chegando ao local por volta das 5h30. Jean, que declarou ser um admirador fiel do apresentador, revelou seu apreço e as boas lembranças guardadas. “Faz bastante tempo que eu sou fã dele, acompanho todos os programas, leio o livro dele, é uma pessoa especial, vai deixar muitas lembranças boas,” disse. Ele também expressou um desejo não realizado: o sonho de conhecer Silvio pessoalmente e ter a chance de demonstrar sua admiração com um abraço.

A idosa Ione Geralda de Magalhães Ribeiro, aos 76 anos, deixou claro que Silvio Santos fez parte de sua rotina por décadas. Divertida, ela contou sobre as disputas domésticas com o marido, que preferia assistir futebol aos domingos, enquanto ela permanecia fiel ao programa de Silvio Santos. “Era uma briga eu e meu marido porque ele queria ver futebol e eu, Silvio Santos,” relatou com um sorriso.

Outra figura marcante entre os presentes foi o aposentado Antônio da Paz, de 70 anos, vindo de Santo André. Antônio preparou-se minuciosamente para a ocasião, com cartazes, um chapéu decorado com fotos de Silvio e uma caixa de som que amplificava a famosa canção “Silvio Santos vem aí, olê olê olá”. “Eu decidi vir pra cá porque o Silvio Santo era uma alegria, dia de domingo. O Silvio Santo ele transformava nossas casas em alegria. É um legado que ele vai deixando aí pro povo brasileiro e jamais vai ser esquecido,” declarou, evidenciando o impacto positivo do apresentador na vida de tantas pessoas.

Assim, mesmo diante de restrições e medidas de privacidade rigorosamente observadas pela família, a figura de Silvio Santos continuou a reunir seus admiradores, que encontraram maneiras simbólicas de expressar seu afeto e saudade, sob o céu de uma manhã memorável.

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