Copa América, Champions League, Mundial de Clubes, Copa das Confederações, Campeonato Espanhol, Italiano… Cite um título, e a chance de Daniel Alves já ter conquistado é grande.
Neste domingo, lateral-direito faturou o 40º de sua carreira, com a vitória de 3 a 1 do Brasil sobre o Peru, sua segunda Copa América e o quarto troféu com a camisa da seleção. Mais do que isso, ainda saiu eleito como o melhor jogador da competição, no alto de 36 anos de idade.
Se a volta olímpica é algo corriqueiro na carreira de Daniel, o título vencido no Maracanã teve elementos diferentes. O primeiro é que o lateral nunca havia erguido, de fato, um troféu como fez no domingo, na condição de capitão. O segundo, está oficialmente desempregado, diz o MSN.
O fato de levantar o troféu foi minimizado pelo capitão na véspera da final. Repetiu o discurso no domingo, preferindo exaltar Tite, que lhe deu a braçadeira que era de Neymar. “Falei antes que o capitão é o Tite, só represento todos os jogadores. É uma honra levantar a taça”, disse.
Também na entrevista coletiva que antecedeu a decisão, Daniel foi perguntado sobre o futuro, já que anunciou, ainda durante a Copa América, que deixaria o PSG com o fim de seu contrato. “Posso dizer que sou emprego da seleção, é o único emprego que tenho agora”, afirmou.
A chance de um retorno ao Brasil, por exemplo, é pequena. O jogador já deixou claro que ainda tem objetivos na Europa, e algumas sondagens deixam claro que ainda há mercado. A Inter de Milão, por exemplo, é um dos destinos que já foram citados na imprensa europeia. Até um retorno ao Barcelona, clube de sua época mais vitoriosa, também é possível.
Já na seleção, seu “emprego” não é vitalício. Daniel Alves virou dono da posição nos últimos anos, depois de dividir o posto com Maicon. Já aos 36 anos, terá 39 na Copa do Mundo de 2022, no Catar. Até lá, manterá o nível apresentado, por exemplo, desta Copa América?
Durante o torneio, o lateral chegou a dizer que tinha a raça de Cafu e a qualidade de Jorginho ao citar inspirações. Concorde-se ou não, é certo que Daniel está, ao menos, próximo desses nomes entre os maiores da posição na história da seleção. E como substituir alguém assim?
Na campanha do título, o reserva de Daniel foi Fagner, um dos melhores da função no futebol brasileiro, mas que nunca decolou na Europa. Já tem 30 anos e estará com 32 no Catar.
Outra opção que ficou fora da Copa América, mas deve voltar a ser chamado por Tite é Danilo, do Manchester City, um pouco mais novo, com 27 anos, a caminho dos 31 na próxima Copa.
Entre nomes mais jovens, a seleção olímpica, por exemplo, tem Emerson como principal aposta. O jogador foi adquirido pelo Barcelona junto ao AAtlético-MG e disputará a próxima temporada pelo Betis. No mercado nacional, Guga, outro atleticano, tem se destacado.
A dúvida que fica é: quem estará à altura de um dos maiores vencedores da história do futebol? Só o tempo revelará a resposta, o mesmo que mostrará o próximo clube de Daniel Alves, o dono de 40 títulos na carreira, mas que acordou nesta segunda desempregado…
08/07/2019