Colômbia se junta ao BRICS e deputado defende adesão total para fortalecer economia e diversificar parcerias internacionais.

Colômbia Entra no BRICS e Debate por Adesão Plena se Intensifica

A recente inclusão da Colômbia como país tomador de recursos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do BRICS marca um avanço importante nas relações internacionais e na diversificação das fontes de financiamento do país. O anúncio oficial foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores colombiano e confirmado pela presidente do banco, Dilma Rousseff, durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, que acontece entre os dias 18 e 21 de junho. Essa decisão vem na esteira da visita do presidente colombiano Gustavo Petro à China, onde manifestou interesse em integrar o grupo.

O deputado David Alejandro Toro Ramírez, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Câmara dos Representantes, defendeu a necessidade de um movimento em direção à adesão plena ao BRICS. Em suas palavras, a dependência da Colômbia em relação aos Estados Unidos tem sido um obstáculo ao desenvolvimento nacional. Segundo Toro Ramírez, "enquanto a maioria dos países busca relações multipolares, a Colômbia permanece atrelada a poucos parceiros". Ele argumenta que a abertura a novos blocos, como o BRICS, pode oferecer novas oportunidades de negociação e crescimento econômico.

Além disso, o deputado criticou a dominância do dólar nas transações internacionais, ressaltando que isso se tornou uma vulnerabilidade global. Ele argumenta que tal dependência não só afeta a economia colombiana, como também limita a capacidade de ação dos países em desenvolvimento. "Essa dependência está custando caro ao mundo. Precisamos explorar alternativas ao dólar, especialmente quando muitos países produtores têm economias maiores que os Estados Unidos", completou.

O BRICS, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, representa cerca de 40% da população mundial e 35% da economia global. Com a inclusão do Uzbequistão e a consideração de outros países, como Etiópia e Indonésia, a expansão do bloco é uma resposta às novas dinâmicas geopolíticas e às movimentações em direção a uma economia global mais diversificada.

Vale destacar que a participação da Colômbia no Fórum de São Petersburgo foi significativa, com uma delegação parlamentar e econômica, evidenciando o compromisso do país em fortalecer seus laços com economias emergentes. Outro ator regional, a Venezuela, também manifestou interesse em se juntar ao BRICS. Durante o mesmo evento, a ministra venezuelana do Comércio Exterior expressou esperanças de que a Venezuela se torne um membro ou parceiro do grupo.

Essas discussões colocam em evidência um movimento crescente em direção à multipolaridade nas relações internacionais, refletindo um panorama dinâmico onde países da América Latina buscam novas alianças e oportunidades de cooperação global.

Sair da versão mobile