O apoio do Ministério da Defesa da Colômbia à proposta vem em um momento oportuno. Em um comunicado divulgado, autoridades destacaram a emergência de redes criminosas que estão enganando cidadãos colombianos e os transformando em mercenários que lutam em guerras de outras nações. Tais práticas não apenas violam os direitos dos indivíduos envolvidos, mas também minam a estabilidade internacional. A ratificação da convenção não só criminalizaria o recrutamento de mercenários, mas também protegeria a imagem das Forças Armadas colombianas e facilitaria a cooperação internacional para investigar e punir essas atividades.
Entretanto, existem forças que tentam barrar essa legislação. O deputado Alirio Uribe Muñoz revelou que diferentes atores internacionais, incluindo governos e empresas de segurança, estão exercendo pressão sobre o Congresso colombiano. Ele enfatizou a influência de empresas de segurança privada e de interesses de países como Estados Unidos e Israel, que podem ter interesses conflitantes. Muñoz reiterou sua oposição a essa realidade, afirmando que a Colômbia não deve ser um fornecedor de mão-de-obra para atividades mercenárias.
O presidente Gustavo Petro, em discurso recente, se manifestou sobre a situação, criticando a forma como mercenários colombianos são tratados pelas forças ucranianas, mencionando que eles são vistos como “raça inferior” e “bucha de canhão”. Petro fez um apelo direto aos colombianos que estão envolvidos nessas atividades para que retornem ao país. Em declarações anteriores, ele descreveu as ações mercenárias como um “roubo ao país”, destacando o elevado número de colombianos que têm se alistado na Ucrânia como mercenários.
Diante desse cenário, o governo colombiano está pressionando para que o Parlamento considere rapidamente a proposta de proibição das atividades mercenárias, evidenciando uma tentativa clara de restabelecer a soberania e a dignidade do país em um contexto internacional complexo e conflituoso.