O governo colombiano justificou o cancelamento com base nas melhorias nas condições financeiras do país, destacando um aumento considerável nas reservas internacionais, que atualmente somam aproximadamente US$ 65,5 bilhões. Essa mudança é um reflexo dos esforços realizados em 2024 para acumular capital e da rentabilidade de investimentos realizados nos dois últimos anos. A quantia de US$ 8,1 bilhões (mais de R$ 43 bilhões) que o país havia acordado como linha de crédito tornou-se, com o tempo, uma obrigação que o governo atual considerava insustentável, especialmente diante da dificuldade em acessar esses fundos efetivamente.
Petro utilizou seu perfil nas redes sociais para expressar satisfação ao anunciar que o governo estava, segundo suas palavras, “cumprindo com o empréstimo que Duque irresponsavelmente contraiu”. O cancelamento visa restaurar a autonomia fiscal da Colômbia, permitindo que os recursos previamente alocados para pagamentos do FMI sejam redirecionados para políticas públicas de desenvolvimento e crescimento econômico.
Especialistas em economia, como Diego Cortés e Christian Méndez, elogiaram a decisão, considerando-a coerente diante das dificuldades enfrentadas pela Colômbia para usufruir do crédito. A posição financeira atual do país se mostra mais favorável, e a tendência é que essa mudança encoraje investimentos, atraindo a atenção de investidores que antes viam a Colômbia como um mercado arriscado.
Além disso, o governo deve focar na consolidação de sua capacidade de arrecadação fiscal, possivelmente abrindo discussões sobre reformas tributárias. A expectativa é que, com uma política fiscal mais robusta, a Colômbia consiga não apenas estabilizar sua economia, mas também promover um crescimento que beneficie suas comunidades. Com a queda nas taxas de desemprego, que agora se encontram em 8,6%, o governo parece otimista em relação ao futuro econômico, focando na realização de transformações estruturais.