Colômbia e Egito Firmam Parceria para Combater Recrutamento de Mercenários
No dia 31 de outubro de 2025, os presidentes da Colômbia e do Egito, Gustavo Petro e Abdel Fattah al-Sisi, respectivamente, assinaram um acordo significativo destinado a enfrentar o crescente problema do recrutamento de mercenários colombianos em regiões de conflito ao redor do mundo. O encontro, realizado no Cairo, destaca uma preocupação global em torno das atividades mercenárias, muitas vezes ligadas a violações de direitos humanos.
Durante a reunião, Petro enfatizou a importância de investigar e punir casos de mercenarismo, especialmente aqueles que envolvem colombianos em episódios de genocídio e conflitos armados. Ele expressou a intenção de que a polícia colombiana trabalhe em conjunto com as forças de segurança do Egito e de outros países árabes, visando desmantelar redes criminosas associadas ao narcotráfico, ao tráfico de pessoas e ao mercenarismo. O presidente descreveu essas atividades como uma forma moderna de escravidão, ressaltando a urgência em abordar a questão.
Além do recrudescimento das ações contra mercenários, o diálogo entre os dois líderes também abordou a possibilidade de a Colômbia contribuir para a reconstrução da Faixa de Gaza, um tema que vem ganhando relevância no cenário internacional. Petro afirmou que, enquanto membro do Conselho de Segurança da ONU, seu país se compromete a agir com responsabilidade frente às crises globais, como a atual situação no Sudão e as tensões entre Egito e Etiópia devido à disputa pelo rio Nilo.
A atual preocupação da Colômbia com mercenários não é nova. Nos últimos meses, o governo tem discutido um projeto de lei que visa proibir essas atividades dentro do território colombiano, especialmente diante do fato de que o país é considerado um dos principais alvos para recrutamento de mercenários na América Latina. O Ministério da Defesa colombiano destacou que essas organizações criminosas estão enganando cidadãos, transformando-os em mercenários que lutam em guerras de outras nações, o que gera desafios significativos à estabilidade internacional.
Petro, também crítico sobre o tratamento dado a colombianos recrutados como mercenários em conflitos, alertou que alguns são considerados “raça inferior” e tratados como “bucha de canhão”. De acordo com ele, as forças ucranianas têm tratado esses combatentes de forma desumanizada, o que agravou ainda mais sua preocupação com a segurança e os direitos dos colombianos envolvidos em tais atividades.
O presidente reiterou seu apelo para que os colombianos que atualmente estão em situações de mercenarismo voltem ao país, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais ética e responsável nas relações internacionais e no recrutamento militar. Essa nova parceria entre Colômbia e Egito, portanto, representa não apenas um esforço conjunto para combater o recrutamento de mercenários, mas também uma iniciativa voltada para a preservação da dignidade e dos direitos humanos no cenário global.
