Petro fez esta afirmação durante uma resposta ao ex-presidente Iván Duque, que havia levantado preocupações sobre a possível suspensão do acordo comercial, citando o atual clima de relações entre a Colômbia e os Estados Unidos. Para o mandatário colombiano, o TLC já foi de fato rompido, uma vez que a imposição de tarifas de 10% pelos EUA constitui uma violação clara dos termos do acordo. Ele concluiu que, com essa ruptura, a Colômbia recupera sua liberdade econômica, uma posição que, segundo ele, deve ser celebrada.
O relacionamento entre os dois países se deteriorou ainda mais quando Trump, em uma recente publicação nas redes sociais, qualificou Petro como um “traficante de drogas ilegal”, insinuando que o presidente colombiano favorece a produção de entorpecentes em grande escala. Esta acusação foi recebida com indignação por parte de Petro, que considerou as palavras de seu homólogo americano como grosseiras e desgastadas, provenientes de uma visão distorcida da realidade colombiana.
Petro respondeu a essas alegações determinando o retorno imediato de seu embaixador em Washington, Daniel García-Peña, para consultas. Essa decisão reflete uma medida estratégica em resposta às ameaças de Trump, que já havia sugerido uma possível intervenção militar na Colômbia sob o pretexto de combater o narcotráfico, fato que alarmou o governo colombiano.
O presidente colombiano chamou atenção para o aumento da atividade militar dos EUA na região do Caribe, que, segundo críticos, está mais preocupada em expandir sua influência do que em realmente combater o narcotráfico. Este cenário estabelece um complexo tabuleiro geopolítico, onde a Colômbia, dependendo dos EUA para exportações, encontra-se em um dilema estratégico sobre como gerenciar sua autonomia enquanto tenta proteger sua economia.