Historicamente, Israel tomou a maior parte das Colinas de Golã durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e, desde então, essas terras têm sido alvo de disputas. Após a Guerra do Yom Kippur em 1973, foram firmados acordos de desligamento entre os países, mas a situação sempre foi permeada por uma incerteza militar. A ONU estabeleceu a Força de Observação de Desengajamento (UNDOF) na região, em um esforço para manter a paz, já que a comunidade internacional, na maior parte, não reconhece a anexação israelense de 1981.
Hoje, as Colinas de Golã representam uma linha de defesa natural para Israel. A elevação do terreno proporciona um amplo campo de visão sobre os movimentos de tropas sírias, o que é considerado um ativo militar vital. Além disso, a região é rica em recursos hídricos, sendo vital para o abastecimento de água em um país que enfrenta escassez em várias áreas. Vários cursos d’água emergem das Colinas, indo para o rio Jordão e o Mar da Galileia, tornando-se essenciais para a irrigação e o abastecimento de água potável.
O solo fértil, resultado da atividade vulcânica, também é aproveitado para a agricultura, com destaque para vinhedos e pomares. Além disso, a possibilidade de haver reservas de petróleo, descobertas em perfurações realizadas em 2015, acrescenta outra camada de interesse econômico à região.
A segurança destas colinas ganhou nova urgência com a incerteza política na Síria e o recente avanço da oposição armada. Autoridades israelenses expressam preocupações sobre a possibilidade de que essas forças possam assumir o controle de instalações militares proximas, o que representaria uma ameaça direta a Israel. Neste contexto, a presença militar e a estratégia de defesa israelense nas Colinas de Golã se tornaram não apenas uma prioridade, mas uma questão de sobrevivência nacional em um ambiente de instabilidade crescente no Oriente Médio.