A cólica menstrual está relacionada ao aumento dos níveis de prostaglandinas, substâncias químicas que causam contrações e relaxamentos nos músculos do útero, resultando em cólicas para expelir o endométrio durante a menstruação. Essas dores podem começar no início da adolescência, com a primeira menstruação, ou se manifestar em fases mais avançadas da vida.
Existem dois tipos de dismenorreia. A dismenorreia primária, a mais comum, é causada pelo excesso de prostaglandinas no útero. Já a dismenorreia secundária, mais intensa, pode ter como causas problemas como endometriose, miomas uterinos, cistos de ovário e infecções. Todos esses problemas podem causar dores mais intensas, com origens diferentes das cólicas comuns.
A endometriose, por exemplo, é uma doença inflamatória que afeta muitas mulheres e cujo diagnóstico é muitas vezes demorado. Suas causas incluem a presença do tecido endometrial fora do útero, ocasionando dores intensas durante o ciclo menstrual. O tratamento da endometriose envolve o uso de medicamentos anti-inflamatórios e, em alguns casos, a suspensão da menstruação por meio de anticoncepcionais específicos.
Para aliviar as cólicas menstruais, a ginecologista Maria Cristina Meniconi recomenda compressas quentes na região abdominal, a prática de exercícios de baixa intensidade, o uso de antiespasmódicos de forma controlada e consultas regulares ao ginecologista.
É importante ressaltar que os sintomas associados à cólica menstrual, como a cólica intestinal e a cólica renal, podem ser confundidos e exigem a atenção de um médico para um diagnóstico preciso.
A cólica menstrual, apesar de ser um sintoma comum entre as mulheres, não deve ser negligenciada. A busca por orientação médica e o tratamento adequado podem aliviar significativamente o desconforto menstrual e garantir maior qualidade de vida para as mulheres que enfrentam esse problema.