Os atletas liberados são Petr Gumennik, de 23 anos, e Adeliia Petrosian, de 18, ambos da Rússia, e a bielorrussa Viktoriia Safonova, de 22 anos. Todos eles já garantiram suas vagas nas eliminatórias realizadas pela União Internacional de Patinação (ISU) em setembro, mas a confirmação final dependia da aprovação do COI. Esse processo reflete as complexas circunstâncias políticas e sociais que envolvem o esporte, especialmente nas últimas edições das Olimpíadas, onde questões de doping e sanções têm influenciado diretamente a participação de nações inteiras.
Vale ressaltar que, embora a lista de atletas aprovados tenha sido divulgada, o COI enfatizou que ela ainda pode ser atualizada, uma vez que um painel de revisão continuará analisando atletas de forma individual, considerando cada caso sob a perspectiva da neutralidade. Contudo, as expectativas são moderadas em relação ao tamanho da delegação, uma vez que a proibição imposta pela ISU, que impede os competidores de participar sob a bandeira de seus países, permanece vigente desde 2022.
Para colocar em perspectiva a trajetória desses atletas, nos Jogos de Inverno de Pequim em 2022, o Comitê Olímpico Russo, apesar das restrições que lhe foram impostas — como a proibição do uso de bandeira e hino, decorrente de sanções devido a casos de doping — conquistou um total de 32 medalhas. A Bielorrússia, por sua vez, obteve duas medalhas. Além disso, em Paris 2024, atletas neutros de ambos os países participaram e conseguiram cinco medalhas, mostrando a resiliência e a competitividade desses esportistas, mesmo em um ambiente desafiador.
O COI segue atento às repercussões de suas decisões e ao impacto que elas têm sobre a ética e a integridade do esporte em um mundo cada vez mais polarizado. A inclusão ou exclusão de atletas, dependendo do contexto político, continua sendo um tema central nas discussões olímpicas nos últimos anos.
