Coalizão semáforo desfeita: Scholz convoca voto de confiança para decidir futuro do governo alemão, com possibilidade de eleição antecipada.

O governo alemão enfrenta uma crise política após o fim da aliança com o Partido Democrático Liberal (FDP), que fazia parte da chamada coalizão semáforo que apoiava o governo de Scholz. A decisão de realizar um voto de confiança no governo foi tomada pelo chanceler e está programada para a próxima segunda-feira, dia 16.

Com o objetivo de formar uma coalizão, Scholz pode buscar apoio de novos partidos, liderando um governo minoritário que já conta com o Partido Verde. Os deputados do Partido Social-Democrata (SPD) foram instruídos a expressar confiança em Scholz durante a votação, visto que ele é o candidato do partido à liderança do governo.

No entanto, a situação política no Bundestag não é clara. O Partido Verde planeja se abster de votar, indicando que não romperá abertamente com o governo, mas também possui ambições de liderança com o atual ministro das Finanças, Robert Habeck.

Um movimento inesperado veio da Alternativa para a Alemanha (AfD), que pode votar a favor de Scholz como forma de contra-atacar a rápida ascensão do chefe da União Democrata Cristã (CDU), Friedrich Merz.

A crise política foi desencadeada pela demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner (FDP), por Scholz, devido à discordância sobre o aumento dos gastos com apoio à Ucrânia e questões domésticas.

Caso o voto de confiança não se concretize, uma possível eleição antecipada está marcada para 23 de fevereiro de 2025. Essa seria a quarta vez na história da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial que eleições antecipadas são convocadas.

Para manter-se no poder, Scholz precisará negociar e buscar apoio da CDU e de Merz pessoalmente, seja através de uma nova coalizão ou de uma eleição antecipada. A crise política na Alemanha está longe de ser resolvida, com diversas possibilidades em jogo.

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