Com o objetivo de formar uma coalizão, Scholz pode buscar apoio de novos partidos, liderando um governo minoritário que já conta com o Partido Verde. Os deputados do Partido Social-Democrata (SPD) foram instruídos a expressar confiança em Scholz durante a votação, visto que ele é o candidato do partido à liderança do governo.
No entanto, a situação política no Bundestag não é clara. O Partido Verde planeja se abster de votar, indicando que não romperá abertamente com o governo, mas também possui ambições de liderança com o atual ministro das Finanças, Robert Habeck.
Um movimento inesperado veio da Alternativa para a Alemanha (AfD), que pode votar a favor de Scholz como forma de contra-atacar a rápida ascensão do chefe da União Democrata Cristã (CDU), Friedrich Merz.
A crise política foi desencadeada pela demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner (FDP), por Scholz, devido à discordância sobre o aumento dos gastos com apoio à Ucrânia e questões domésticas.
Caso o voto de confiança não se concretize, uma possível eleição antecipada está marcada para 23 de fevereiro de 2025. Essa seria a quarta vez na história da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial que eleições antecipadas são convocadas.
Para manter-se no poder, Scholz precisará negociar e buscar apoio da CDU e de Merz pessoalmente, seja através de uma nova coalizão ou de uma eleição antecipada. A crise política na Alemanha está longe de ser resolvida, com diversas possibilidades em jogo.