CNI Revela que 77,8% das Exportações Brasileiras São Atingidas por Taxações Adicionais, Destacando Desafios Comerciais com os EUA

Um recente levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que uma expressiva parcela, cerca de 77,8%, das exportações brasileiras enfrenta a possibilidade de incorrer em tarifas adicionais. Essa situação decorre das ordens executivas implementadas nos EUA que estabelecem taxas de 10%, 40% e, ainda, as que se enquadram na Seção 232 do Trade Expansion Act, que podem chegar a 25% e 50%. Essas taxas são aplicadas principalmente a produtos como aço, alumínio, cobre, veículos e autopeças, evidenciando um cenário desafiador para o setor exportador nacional.

O estudo, que se baseia em dados da United States International Trade Commission (USITC), analisou minuciosamente o código tarifário norte-americano. Essa abordagem permite identificar de forma precisa quais produtos estão sujeitos às diferentes medidas tarifárias. A análise detalhada do código tarifário é crucial, já que as isenções e as tarifas variam conforme cada medida adotada.

Além de destacar a abrangência das tarifas, o levantamento enfatiza que mais da metade das exportações pode enfrentar sobretaxas que chegam até 50%. Essa realidade se traduz em um desafio significativo para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, especialmente considerando que a grande maioria das exportações está sujeita a alguma forma de taxação.

Ricardo Alban, presidente da CNI, ressalta a magnitude do problema e a necessidade urgente de avançar nas negociações com o intuito de mitigar as barreiras comerciais. Para ele, o envolvimento tanto dos governos quanto dos setores produtivos é imprescindível. Alban enfatiza que os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais da indústria brasileira e, portanto, encontrar soluções para essas distorções comerciais deve ser uma prioridade.

Nesse contexto, o trabalho de negociação se torna fundamental, pois cada novo obstáculo representa não apenas uma perda financeira, mas também um risco à expansão e ao fortalecimento do setor exportador brasileiro. A busca por alternativas que possam reduzir ou eliminar essas tarifas será vital para assegurar um ambiente comercial mais equilibrado e favorável às exportações do Brasil.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo