Vôlei Louveira e Realizar Santos Fupes foram os responsáveis por verificar a documentação das atletas e comparar com a lista de participantes do Flamengo. Segundo eles, o time carioca utilizou duas jogadoras que nasceram após 2004, o que vai contra as regras do campeonato, que proíbe a participação de jogadoras com mais de 20 anos na competição.
O Flamengo, por sua vez, se defende alegando que a equipe de vôlei que disputou a Superliga C possui um CNPJ diferente do time que compete na Superliga A. A CBV, contactada para esclarecer a situação, não se pronunciou sobre o caso.
Os clubes denunciantes afirmam que, apesar dos diferentes CNPJs, o Flamengo atua nas competições sob a mesma administração e identidade, compartilhando uniformes, atletas e até membros da comissão técnica. O regulamento da Superliga C é claro ao determinar que clubes com mesmo CNPJ ou sob mesma administração devem disputar a competição com atletas sub-21, nascidas em 2004.
Diante dessa polêmica, os clubes enviaram documentos, vídeos, fotos e outros registros à CBV como provas das irregularidades cometidas pelo Flamengo. As equipes ainda podem levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) caso não haja uma resposta satisfatória da CBV.
Apesar do Flamengo ter conquistado o título da sede sudeste da Superliga C feminina e garantido o acesso à Superliga B, a situação está sob investigação e aguarda-se uma decisão oficial da entidade responsável pela competição. O voleibol brasileiro se vê diante de mais uma polêmica envolvendo irregularidades e descumprimento das regras estabelecidas para garantir a equidade e lisura nas competições esportivas.