Durante a operação, os fiscais identificaram uma série de irregularidades graves no estabelecimento. A ausência de alvará sanitário, a falta de um responsável técnico habilitado e condições de insalubridade foram apenas algumas das falhas encontradas. Além disso, a clínica não possuía contrato com uma empresa especializada na coleta de resíduos contaminados, o que representa um risco significativo à saúde pública. A detecção de uma infraestrutura inadequada para o armazenamento de resíduos infectantes também chamou atenção dos agentes de fiscalização.
Os problemas não pararam por aí. Os fiscais relataram ainda deficiências nas práticas de esterilização dos instrumentos e a falta de documentação comprobatória a respeito do controle de pragas. Entulhos de construção encontrados nas dependências da clínica indicavam uma falta de cuidado com a limpeza e a organização do espaço, desenhando um cenário preocupante para os pacientes que utilizam os serviços oferecidos.
Em consequência do descumprimento das normas, a clínica foi oficialmente autuada e poderá responder a um processo administrativo. A legislação prevê que, em caso de reincidência de práticas irregulares, as penalidades podem variar de R$ 180 a R$ 38 mil. O estabelecimento agora tem um prazo de até 90 dias para se adequar às normas sanitárias e solicitar a desinterdição.
A Vigilância Sanitária reforça a importância da colaboração da população na manutenção da saúde coletiva. Denúncias sobre estabelecimentos que não atendem às normas podem ser feitas pelo telefone (82) 3312-5495, disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, ou pelo WhatsApp (82) 98752-2000, que funciona 24 horas. É garantido o anonimato do denunciante, encorajando a comunidade a participar ativamente na supervisão da qualidade dos serviços de saúde disponíveis.
Assim, a interdição da clínica odontológica reforça a vigilância constante necessária para assegurar que os serviços prestados à população estejam dentro dos padrões exigidos, protegendo assim a saúde de todos.