A senadora, que também possui histórico como jornalista, manifestou descontentamento com a postura de Viana, considerando-a como uma forma de censura à imprensa. Eliziane defendeu a importância da liberdade de imprensa, assegurando que os profissionais têm o direito de informar o público. Ela ressaltou a necessidade de um ambiente em que os jornalistas possam atuar sem interferências, argumentando que “não podemos criar uma certa censura para esses jornalistas”, expressando assim sua preocupação com a transparência nos processos legislativos.
Em contrapartida, Carlos Viana se defendeu das acusações, enfatizando que sua intenção não era restringir a atuação dos profissionais de comunicação. No entanto, o senador fez questão de esclarecer que informações sensíveis, especialmente aquelas que envolvem dados pessoais obtidos por meio de quebras de sigilo, estão cobertas pela Lei Geral de Proteção de Dados. Assim, ele prometeu que veículos de comunicação que veicularem esse tipo de conteúdo poderão ter suas credenciais suspensas. Apesar dessa advertência, Viana garantiu que a CPMI está comprometida com a transparência e a divulgação de informações relevantes ao público.
A discussão sobre a liberdade de imprensa e as restrições em torno da divulgação de dados sensíveis levantou questões importantes sobre os limites entre a proteção da privacidade e o direito à informação. A disputa entre os membros da CPMI e a imprensa sinaliza um cenário de cuidados redobrados em um momento em que a transparência e a responsabilidade no tratamento de informações se tornam cada vez mais cruciais. A abordagem inicial da CPMI reflete não apenas a gravidade das investigações em curso, mas também a relevância do papel dos jornalistas na supervisão das ações governamentais.