A cistite é uma infecção muito comum na bexiga, especialmente entre as mulheres. A doença é causada por bactérias presentes no intestino e que são importantes para a digestão. No entanto, quando entram em contato com os rins, uretra e bexiga, podem causar infecções do trato urinário (ITU). Estatísticas apontam que entre 50% e 80% das mulheres terão ao menos um caso de cistite em suas vidas, e 15% relatam episódios da doença anualmente.
Os sintomas da cistite incluem:
– Dor ao urinar
– Aumento da frequência urinária
– Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
– Urgência
– Presença de sangue na urina
Em casos mais graves, o paciente pode apresentar febre, dor nas costas e calafrios. Segundo Maria Claudia Bicudo, médica responsável pelo departamento de Urologia Feminina da Sociedade Brasileira de Urologia, idosos requerem cuidados especiais, já que podem não apresentar alguns dos sintomas típicos da doença.
As causas da cistite podem variar de acordo com a faixa etária e gênero. Em mulheres jovens, a baixa ingestão de água e o excesso ou falta de relações sexuais podem desencadear a doença. Já mulheres na menopausa podem desenvolver cistite devido à atrofia vaginal, decorrente da redução do desejo sexual característica desse período da vida.
O tratamento da cistite geralmente envolve o uso de antibióticos, e a maioria dos pacientes apresenta melhora em até três dias. Além disso, algumas práticas não medicamentosas também são recomendadas, como aumentar a ingestão de líquidos e fazer um acompanhamento regular com um médico especializado. Em casos mais graves, como em homens com mais de 50 anos, a cirurgia pode ser necessária.
A prevenção da cistite envolve hábitos simples, como aumentar a ingestão de líquidos e tratar distúrbios intestinais. Mulheres também devem realizar exames de rotina regularmente, enquanto os homens devem manter acompanhamento com o urologista a partir dos 45 anos.
De acordo com Maria Claudia Bicudo, a prevenção é especialmente importante para as mulheres, e alguns cuidados especiais podem ajudar a evitar a infecção urinária. Esses cuidados incluem o uso de antibióticos contínuos ou intermitentes, o uso de hormônio vaginal em caso de menopausa e ressecamento genital, além do tratamento de condições urológicas que alteram a micção e o esvaziamento da bexiga.
Em resumo, a cistite é uma condição comum, mas que possui tratamento acessível e eficaz. A prevenção é fundamental para evitar o desenvolvimento da doença, e a busca por cuidados médicos regulares pode ser a chave para a detecção precoce e o tratamento correto.
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