O Projeto Meros do Brasil atua em nove estados e abrange 37 municípios ao longo do litoral brasileiro, promovendo iniciativas de conservação marinha por meio da pesquisa científica, educação ambiental e formação técnica. Cláudio Sampaio, professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e coordenador do projeto, destaca a importância da exposição, que reúne um recorte do trabalho realizado em vários pontos do litoral. “Mostramos os meros desde seu início de vida nos manguezais até os grandes indivíduos que habitam águas profundas”, explica Sampaio.
As fotografias expostas foram capturadas por uma equipe talentosa, incluindo nomes como Márcio Lima e Maíra Borgonha. As imagens revelam aspectos pouco conhecidos da espécie, como seu habitat em áreas estuarinas como a Foz do Rio São Francisco, próximo a Penedo, e suas migrações para recifes mais profundos à medida que envelhecem. Sampaio ressalta que a pesquisa também se beneficiou de descobertas recentes, como a análise de um exemplar de mero com mais de dois metros, o que auxilia na compreensão de sua genética e impacto ambiental.
Entretanto, a exposição também traz um chamado à ação. Dados alarmantes indicam que as populações de meros no Brasil diminuíram em mais de 80% nos últimos 65 anos, devido a fatores como destruição de habitats, pesca predatória e poluição. O mero tornou-se uma das espécies marinhas mais ameaçadas do Atlântico Sul, gerando a necessidade de uma moratória nacional de pesca, um avanço significativo consequência da colaboração entre pesquisadores, instituições e comunidades costeiras.
Além da exposição, o Projeto Meros do Brasil está promovendo uma atividade educativa chamada Barco-Escola, voltada para estudantes da região e focada na preservação do ecossistema do Rio São Francisco. Essa iniciativa ocorrerá durante a Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental, prevista para esta quarta-feira, 12 de novembro.
O Circuito Penedo de Cinema é promovido pela Universidade Federal de Alagoas em parceria com o Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, além de contar com o apoio de diversas instituições e patrocinadores. Os interessados em acompanhar as novidades do evento podem se conectar pelas redes sociais, onde o Circuito está ativo tanto no Instagram quanto no Facebook.









