Os governos desses cinco países expressaram preocupação com as eleições presidenciais que ocorrerão em 28 de julho na Venezuela, onde Nicolás Maduro busca um terceiro mandato e enfrentará Edmundo González, que herdou o favoritismo de María Corina. Maduro chegou a afirmar que haveria risco de “banho de sangue” e “guerra civil” no país caso seja derrotado, declaração vista pelo governo brasileiro como uma bravata diante das pesquisas de opinião que mostram Maduro atrás de González.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o Brasil só irá atuar na questão venezuelana se for chamado por representantes de Maduro e da oposição, seguindo o espírito do acordo assinado em Barbados em 2023, mediado pela Noruega com a ajuda de diversos países.
O comunicado conjunto dos cinco países latino-americanos foi divulgado um dia depois de Maduro chamar o presidente da Argentina, Javier Milei, de “maldito” e acusá-lo de querer sabotar as eleições na Venezuela. O governo argentino respondeu, afirmando que são apenas palavras de um ditador e expressando preocupação com a falta de democracia no país vizinho.
As tensões entre os dois países aumentaram ainda mais com a prisão do chefe de segurança de María Corina, a menos de duas semanas das eleições. A oposição venezuelana relatou ainda a prisão de nove pessoas em quatro estados do país, elevando o número de presos políticos para mais de 50, de acordo com ONGs de direitos humanos venezuelanas. A situação na Venezuela permanece delicada e sob constante monitoramento da comunidade internacional.