Cinco membros da oposição na Geórgia detidos por tentar incitar golpe durante protesto nas eleições locais em Tbilisi

No último sábado, 5 de agosto, o Ministério do Interior da Geórgia anunciou a prisão de cinco indivíduos ligados à oposição, sob a acusação de tentarem incitar um golpe de Estado e derrubar o governo em meio a um protesto agitado na capital, Tbilisi. O episódio ocorreu durante o dia das eleições locais, quando um grupo crescente de manifestantes se reuniu na Praça da Liberdade, um ponto habitual de mobilização cívica na cidade.

Conforme o relato das autoridades, após a manifestação inicial na Praça, parte dos protestantes se dirigiu à residência do presidente, Mikheil Kavelashvili. A situação se intensificou quando os manifestantes romperam as barreiras de segurança que cercavam a área, provocando uma resposta rápida das forças especiais, que utilizaram spray de pimenta e canhões de água para dispersar a multidão.

O Ministério do Interior destacou, em comunicado oficial, que os cinco detidos são acusados de incitar à violência e de ter liderado ações tumultuosas que violam a ordem pública. As autoridades informaram que essas ações podem resultar em penas severas, com possibilidade de prisão de até nove anos. A investigação está fundamentada em evidências coletadas durante os protestos, incluindo gravações de vídeo que mostram os organizadores discutindo planos de desestabilização do governo.

Os detidos foram identificados como Paata Burchuladze, Murtaz Zodelava, Irakli Nadiradze, Paata Manjgaladze e Lasha Beridze, todos considerados figuras proeminentes na oposição georgiana. O clima de tensão política na Geórgia vem aumentando, à medida que diversas facções opositoras se mobilizam contra o governo atual, manifestando insatisfação com a condução política e econômica do país.

Estas recentes ocorrências evidenciam um cenário de polarização política, onde manifestações que podem ser vistas como legítimas expressões de descontentamento se transformam em episódios de confronto direto com as autoridades. A situação levanta preocupações sobre a liberdade de expressão e o direito ao protesto pacífico na Geórgia, uma nação que busca consolidar sua democracia em meio a desafios internos e externos.

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