Durante a pesquisa, os cientistas registraram mais de 30 ocorrências de “relâmpagos ao contrário”, ou “elfos”, que são discos luminosos avermelhados que se expandem rapidamente e podem atingir altitudes de várias dezenas de quilômetros e diâmetros de até centenas de quilômetros. Esses fenômenos, assim como os “sprites” — descargas que se elevam da superfície das nuvens em direção ao espaço — foram associados à presença de áreas na superfície terrestre com geração anômala de calor.
Os pesquisadores observaram que a ocorrência dos “elfos” está frequentemente correlacionada a locais específicos como regiões com atividade vulcânica, arcos vulcânicos, campos hidrotermais e zonas de divergência de placas tectônicas. Um exemplo notável disso é a atividade de tempestades observadas no Círculo de Fogo do Pacífico, que se intensificam durante o desenvolvimento de tufões e erupções vulcânicas.
Elena Shubralova, especialista do instituto, destacou a importância da detecção desses fenômenos por meio de espaçonaves. De acordo com a especialista, essa tecnologia pode ser crucial para identificar áreas anômalas do planeta e pode servir como um sistema de alerta precoce para eventos de tufões em regiões vulneráveis. Este avanço abre novas possibilidades para a compreensão das interações entre a atmosfera e as atividades geológicas da Terra, especialmente em um contexto de mudança climática que afeta tanto a previsão de desastres naturais quanto a gestão ambiental.