O algoritmo acessa uma vasta gama de dados obtidos de satélites, incluindo as missões Landsat, Sentinel, WorldView, QuickBird, GeoEye e Maxar. Esses recursos fornecem informações detalhadas que permitem aos arqueólogos realizar avaliações preliminares e localizar possíveis monumentos arquitetônicos, como túmulos e outras construções históricas. O grande avanço dessa tecnologia está em sua capacidade de visualizar áreas de interesse de uma forma que não estaria disponível a olho nu, possibilitando a identificação de estruturas soterradas que, de outra forma, ficariam ocultas nas extensões de terra.
De acordo com os pesquisadores, a aplicação de dados de satélite junto com um modelo digital do solo possibilita a detecção de sinais associados a assentamentos antigos ou outras estruturas, o que pode reduzir consideravelmente o tempo gasto em campo e diminuir o risco de danos ao patrimônio durante intervenções econômicas e de desenvolvimento em áreas potencialmente ricas em história.
Essa abordagem inovadora é amplamente adaptável, podendo ser implementada em diferentes regiões do mundo, o que amplifica o alcance da pesquisa arqueológica globalmente. Ao democratizar o acesso a informações detalhadas sobre o solo e suas características, a ciência da arqueologia pode se beneficiar enormemente, facilitando a descoberta de patrimônios culturais esquecidos e oferecendo uma nova perspectiva sobre civilizações passadas.
O estudo utilizou imagens de alta resolução, além de modelos digitais de terreno derivados de dados de radar, o que representa um marco no uso da tecnologia espacial para aplicação em ciências humanas. Este avanço não só promete enriquecer a pesquisa arqueológica, mas também contribuir para uma maior preservação da história, minimizando impactos negativos no meio ambiente e promovendo um desenvolvimento urbano mais consciente e respeitoso com o patrimônio cultural.