Cientistas Descobrem Local do San José, o Naufrágio Mais Rico da História, Avaliado em US$ 20 Bilhões, Após Análise de Moedas Encontradas no Caribe

Cientistas fizeram uma descoberta impressionante ao confirmar a localização do galeão espanhol San José, considerado o naufrágio mais rico da história. O navio afundou em 1708 no Caribe, carregado com um tesouro estimado em cerca de US$ 20 bilhões, consistindo em ouro, prata, esmeraldas e outras riquezas, que pertenciam ao Império Espanhol.

A pesquisa recente, publicada na renomada revista Antiquity, utilizou imagens subaquáticas de alta resolução para examinar moedas conhecidas como "cobs", que foram encontradas na área do naufrágio. Estas moedas, datadas de 1707 e cunhadas na Casa da Moeda de Lima, no Peru, exibem símbolos heráldicos espanhóis, reforçando a hipótese de que o local identificado seja realmente o San José. Além das moedas, também foram descobertos outros artefatos, como porcelanas chinesas do período Kangxi e canhões com inscrições datadas de 1665.

O San José partiu de Portobelo, no Panamá, como parte da Frota Tierra Firme, que transportava riquezas da América do Sul para a Espanha. Sua jornada foi abruptamente interrompida quando o navio foi emboscado pela Marinha britânica e acabou afundando após uma explosão no paiol de pólvora. Desde então, o naufrágio tem sido objeto de fascínio para arqueólogos e caçadores de tesouros, alimentando um imaginário repleto de mitos e disputas legais.

Apesar do entusiasmo gerado por esta descoberta, o governo colombiano ainda não deu permissão para a recuperação dos artefatos. As equipes de pesquisa programaram levantamentos não invasivos para preservar o contexto histórico do local antes de qualquer escavação. Se a recuperação for finalmente realizada, uma batalha judicial é esperada, pois tanto a Colômbia quanto a Espanha reivindicam direitos sobre o navio e sua carga. Grupos indígenas também levantam questões sobre compensações, argumentando que foram eles os responsáveis pela extração original dessas riquezas.

A confirmação do tesouro e sua possível recuperação não apenas levantaria questões sobre a propriedade dos bens, mas também despertaria uma nova onda de interesse por relatos históricos e arqueológicos ligados ao período colonial e suas complexas interações.

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