Os diamantes naturais, reconhecidos pela sua estrutura cúbica, têm sido valorizados por seus atributos multifacetados, mas agora, o novo superdiamante, que possui uma formação cristalina hexagonal, demonstra propriedades extraordinárias que o diferenciam. A estrutura hexagonal, embora menos comum, se revela muito mais forte e resistente. Anteriormente, os diamantes com características semelhantes foram encontrados apenas em condições excepcionais, como em crateras resultantes de impactos de asteroides, tornando este avanço ainda mais significativo no cenário atual da ciência dos materiais.
A pesquisa recente, publicada na revista Nature Materials, destaca a produção deste diamante hexagonal quase puro através de um processo que envolve a compressão e o aquecimento de grafite sob pressões extremamente elevadas. Os pesquisadores conseguiram criar uma fase especial na grafite comprimida que possibilita a formação de cristais de alta pureza, um componente crucial para a obtenção das propriedades excepcionais do material.
Em termos numéricos, este novo diamante possui uma dureza impressionante de 155 gigapascais (GPa), oferecendo uma estabilidade térmica que se estende até 1.100 °C. Para efeito de comparação, os diamantes naturais tipicamente possuem uma dureza em torno de 100 GPa e uma resistência térmica que não ultrapassa os 700 °C. Essa notável combinação de dureza e resistência ao calor posiciona o superdiamante como um candidato promissor para diversas aplicações industriais, incluindo ferramentas de corte, abrasivos e componentes eletrônicos que exigem materiais de alta performance.
Portanto, os avanços na produção e caracterização deste superdiamante não apenas demonstram as possibilidades da engenharia de materiais, como também prometem impactar vários setores, trazendo benefícios econômicos e funcionais com suas propriedades superiores. Essa inovação pode ser o início de uma nova era na utilização de materiais duráveis e eficazes em larga escala.
