Cientistas chineses criam cerâmica revolucionária capaz de suportar temperaturas extremas de até 3.600 °C, superando limites atuais para tecnologia hipersônica.



Um grupo de cientistas da Universidade Tecnológica do Sul da China fez avanços significativos na pesquisa de materiais com a criação de uma nova cerâmica de carboneto, que se destaca por sua impressionante capacidade de resistir a temperaturas extremas de até 3.600 °C, mesmo em ambientes oxidantes. Essa descoberta representa uma superação dos limites tecnológicos atuais e pode abrir novas possibilidades para as indústrias aeroespacial e de defesa.

Tradicionalmente, os materiais utilizados em aplicações que exigem alta resistência térmica enfrentam sérios desafios. Por exemplo, os escudos térmicos dos foguetes, como o Starship da SpaceX, são projetados para suportar temperaturas de até 1.370 °C. Isso torna o novo desenvolvido chinês quase três vezes mais eficaz em comparação, o que é um feito notável. Inspecionando a atual realidade dos materiais disponíveis, é possível perceber que a maioria das ligas metálicas começa a se degradar em temperaturas que excedem 2.000 °C.

Os compostos de carbono-carbono, que são frequentemente utilizados em altas temperaturas, podem resistir até 3.000 °C em ambientes inertes, mas perdem rapidamente suas propriedades quando expostos ao oxigênio, começando a se oxidar já a partir de 370 °C. A nova cerâmica de carboneto promete resolver essas limitações, oferecendo uma solução durável e eficaz para os desafios enfrentados na construção de veículos hipersônicos e motores avançados.

Chu Yanhui, professor envolvido na pesquisa, afirmou que a equipe conseguiu, pela primeira vez, ultrapassar esses limites históricos utilizando um design multicomponente de alta entropia. Essa inovação poderá proporcionar melhores desempenhos mecânicos e térmicos em aplicações que exigem resistência extrema à temperatura, mudando a forma como materiais são utilizados em tecnologias de ponta.

Essa descoberta não apenas eleva o potencial das aeronaves hipersônicas, mas também pode impactar a segurança e eficácia das operações militares. O mercado tem demonstrado uma crescente demanda por materiais que conseguem manter a integridade sob condições térmicas extremas, tornando essa pesquisa chinesa uma contribuição relevante para o campo da engenharia e da ciência dos materiais. Os desdobramentos dessa pesquisa estão sendo acompanhados com interesse, pois podem redirecionar os rumos das inovações tecnológicas no século XXI.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo