As mudanças climáticas também são um fator crucial nesse cenário. Com o aumento do nível do mar previsto em até 60 centímetros nas próximas décadas, a combinação de um grande terremoto, somada à elevação do nível das águas, resultaria em consequências catastróficas. A zona de subducção de Cascadia, uma falha geológica que se estende por 1.126 km ao longo da costa noroeste da América do Norte, é um ponto de preocupação central. Nesse local, a placa tectônica de Juan de Fuca se desliza para baixo da placa continental norte-americana, tornando a região suscetível a eventos sísmicos significativos.
Atualmente, a zona de subducção de Cascadia é uma área de intenso monitoramento, especialmente após o recente terremoto de magnitude 8.8 na península russa de Kamchatka, que ocorreu em 30 de julho. Este evento foi o mais forte registrado desde 1952 e teve repercussões que se estenderam até a costa do estado de Washington, reforçando as preocupações sobre a vulnerabilidade da Califórnia e de outros estados costeiros.
A professora Tina Dura, uma das principais autoras do estudo, enfatizou que a gravidade da situação não pode ser subestimada. “Um tsunami desta magnitude com certeza representará um verdadeiro desastre para os EUA. Precisamos nos preparar para o que está por vir”, afirmou.
Diante desse panorama alarmante, especialistas recomendam que governos e populações na costa oeste se mobilizem para desenvolver estratégias de preparação e resposta a desastres, a fim de mitigar os impactos que esse potencial megatsunami pode causar nas comunidades costeiras. A conscientização e o planejamento são fundamentais para enfrentar os desafios que a geologia e as mudanças climáticas reservam para o futuro próximo.