Um dos principais pesquisadores nessa área, Aleksei Kokorin, afirmou que, com uma probabilidade de até 3%, pode ocorrer um dia – possivelmente em 2027 ou logo em seguida – em que o gelo no Ártico poderá ser praticamente inexistente durante o verão. Essa previsão destaca a vulnerabilidade da região, que está sendo severamente afetada pelo aquecimento global. Contudo, Kokorin enfatiza que essa é uma projeção hipotética e que não se deve considerar o derretimento total como uma certeza.
Estudos recentes, como o da Universidade de Gotemburgo, corroboram a ideia de que, caso as temperaturas continuem a subir, a cobertura de gelo poderá desaparecer completamente durante os meses de verão do Hemisfério Norte antes de 2030. Esse cenário seria alarmante, uma vez que poderia significar a perda de mais de 1,2 milhão de quilômetros quadrados de gelo em um espaço de tempo relativamente curto, acarretando sérios impactos ambientais.
Além das questões ambientais, a falta de gelo no Ártico também poderia intensificar as atividades econômicas na região, ao abrir novas rotas marítimas e favorecer a exploração de recursos naturais. No entanto, esses benefícios potenciais vêm acompanhados de riscos significativos para o ecossistema frágil do Ártico.
A análise do impacto das mudanças climáticas na região é complexa e envolve múltiplos fatores, incluindo a interação entre as emissões de gases de efeito estufa e as condições climáticas locais. Portanto, compreender a gravidade da situação e agir rapidamente em direção a medidas de mitigação será fundamental não apenas para a preservação do ambiente ártico, mas também para a proteção do clima global.