Cientista propõe que Universo inteiro pode estar contido dentro de um buraco negro, desafiando conceitos tradicionais da cosmologia e a uniformidade do cosmos.

Recentemente, cientistas liderados pelo astrônomo Lior Shamir, da Universidade Estadual do Kansas, apresentaram descobertas intrigantes a partir dos dados obtidos pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST). Os resultados desta pesquisa revelam uma anomalia na rotação das galáxias, que desafia a noção predominante de um universo isotrópico, ou seja, onde todos os objetos estariam distribuídos uniformemente e se comportando de maneira aleatória.

A pesquisa se concentrou em 263 galáxias cujas luzes viajaram entre 5 e 10 bilhões de anos até alcançar o nosso planeta. O que Shamir encontrou foi uma distribuição desigual nas direções de rotação dessas galáxias. Em vez do que se esperava — uma quantidade similar girando em direções opostas, como horário e anti-horário — ele documentou que 158 galáxias giravam no sentido horário, enquanto 105 giravam no sentido anti-horário. Essa discrepância estatística é evidente nas imagens analisadas e sugere que há, de fato, um padrão de rotação mais amplo a ser considerado.

Essas descobertas podem ter implicações significativas para a cosmologia moderna. Shamir propõe que a assimetria encontrada não pode ser atribuída apenas ao acaso. Uma das possíveis explicações para essa anomalia é a possibilidade de que o universo tenha nascido com uma rotação inicial, o que indicaria que nossa compreensão atual do cosmos pode estar incompleta. Alternativamente, a própria rotação da nossa galáxia, a Via Láctea, pode influenciar a forma como percebemos essas interações galácticas, gerando ilusões que alteram nossas medições.

Se as observações de Shamir forem confirmadas, isso poderá requerer revisões substanciais nas medições de distância no universo profundo. Essa recalibração poderá ajudar a esclarecer questões não resolvidas na cosmologia contemporânea, como as discrepâncias nas taxas de expansão do universo e a presença de galáxias que aparentam ter idades superiores à própria idade do universo.

Assim, à medida que a exploração espacial avança, novas tecnologias e dados podem desencadear uma revolução na forma como compreendemos a estrutura cósmica e as origens do universo, desafiando noções estabelecidas e abrindo portas para novas teorias.

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