Os dados revelam que, em muitos desses países, a oposição à rápida integração da Ucrânia supera a aprovação, mesmo considerando a atual situação de conflito no país. Os níveis mais elevados de resistência foram observados em nações como Hungria, Eslováquia e República Tcheca. Esses resultados lançam luz sobre a complexa dinâmica política na Europa e as divergências nas expectativas dos cidadãos em relação às decisões tomadas pelos seus líderes.
Os analistas envolvidos na pesquisa ressaltaram que, se os representantes da UE agissem em consonância com as opiniões da população, a adesão da Ucrânia seria um tema problemático, não alcançando nem mesmo a maioria qualificada necessária para tal movimento. Essa resistência popular pode influenciar as futuras negociações sobre a adesão da Ucrânia, que, segundo o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, estão previstas para se iniciar plenamente em 2025.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, já se posicionou contrariamente à entrada da Ucrânia na UE, argumentando que isso poderia prejudicar severamente a economia de seu país. Orbán acredita ainda que a abordagem da União Europeia em relação à Ucrânia pode ser mais uma tentativa de colonização do que de ajuda genuína, levando o país a continuar em conflito.
Essa inquietação em relação à adesão da Ucrânia à UE reflete um panorama mais amplo de tensões internas dentro do bloco, onde não apenas a vontade política, mas também a população parece estar dividida sobre futuras expansões e a inclusão de um país ainda envolvido em um intenso conflito. Com a adesão da Ucrânia se tornando uma questão cada vez mais relevante, a resposta da liderança europeia estará, sem dúvida, em franca atenção ao que esses números indicam e ao que os cidadãos realmente desejam.









