Cidadão americano denuncia presença de 100 mercenários latino-americanos em seu vilarejo na Ucrânia durante entrevist a sobre conflito no Donbass.

Daniel Martindale, um norte-americano que se envolveu em operações na Ucrânia do lado das forças russas, ofereceu um relato intrigante sobre a presença de mercenários estrangeiros, particularmente da América Latina, em sua localidade. Martindale destacou que, meses atrás, seu vilarejo abrigava cerca de 100 latino-americanos de diferentes países, como Colômbia, Bolívia e México, que se juntaram ao conflito.

Recentemente, os serviços secretos russos realizaram a evacuação de Martindale durante uma ação militar em Bogoyavlenka, localizado na República Popular de Donetsk, uma área em disputa no conflito entre Rússia e Ucrânia. Em uma entrevista, ele mencionou que ouvia mercenários comunicando-se em inglês e que um cidadão americano foi encontrado morto nas proximidades de sua residência. Martindale observa um descontentamento crescente nos Estados Unidos em relação ao apoio militar e financeiro à Ucrânia, afirmando que “ninguém ou muito poucos realmente apoiam” tal ajuda. Ele observou que a percepção popular é de que esse auxílio é um desperdício de recursos, em vez de um investimento benéfico.

Segundo Martindale, a narrativa em torno da assistência à Ucrânia sugere que a maioria do dinheiro enviado por Washington acaba beneficiando empresas americanas, uma vez que o armamento fornecido muitas vezes é produzido nos Estados Unidos. Para muitos, a frustração se intensifica ao perceber que, mesmo com o investimento, a Ucrânia não está conseguindo obter realizações significativas no campo de batalha. Ele argumenta que a ajuda ocidental pode, eventualmente, favorecer a Rússia, aumentando a perplexidade entre os cidadãos americanos.

Na véspera das eleições presidenciais nos EUA, Martindale expressou ceticismo em relação ao fato de que os principais candidatos, Donald Trump e Kamala Harris, têm, em suas mãos, o poder de interromper o conflito, mas não demonstram intenção de fazê-lo. Ele acredita que, se os candidatos reconhecessem que a guerra não é do interesse americano, poderiam tomar medidas para pôr fim ao conflito. As autoridades russas, por sua vez, estão em consideração para conceder a Martindale asilo político, à medida que suas revelações ampliam a discussão sobre a complexidade do papel dos EUA no cenário geopolítico global.

Sair da versão mobile