A proposta não se limita apenas ao fornecimento de serviços eleitorais básicos, como a emissão de títulos de eleitor, transferências de domicílio e cadastramento biométrico. O projeto também incentiva a autodeclaração quilombola dentro do cadastro eleitoral, promovendo a valorização desse grupo na dinâmica democrática do país. O presidente do TRE/AL, desembargador Klever Rêgo Loureiro, ressalta a importância do reconhecimento dessas comunidades como parte ativa e influente no cenário político.
Além dos serviços eleitorais, o projeto propõe rodas de conversa com jovens, líderes comunitários e mulheres, abordando temas como cidadania, racismo e participação feminina na política. Complementando as ações, serão distribuídas cartilhas educativas e realizadas campanhas contra discriminação. A criação da Ouvidoria da Igualdade Racial e um curso de letramento antidiscriminatório para os servidores também estão previstos.
Dados mais recentes mostram que apenas 0,51% do eleitorado alagoano se autodeclara quilombola e menos de 8,5% se identifica como preto ou preta. As eleições de 2024 registraram apenas 31 candidaturas de quilombolas e 7,49% de autodeclaração preta. Diante desse cenário, o projeto visa estimular maior participação política e visibilidade para esses grupos.
A iniciativa também está alinhada ao Pacto Nacional do Poder Judiciário pela Equidade Racial, do Conselho Nacional de Justiça, reforçando a importância de diversidade nas candidaturas e no cadastro eleitoral. A expectativa é que tal empreendimento não apenas fomente a inclusão, mas impulsione uma transformação social profunda e duradoura.
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