Cida Gonçalves defende fim da jornada 6×1 e lançamento de plano de combate à mudança climática em recente entrevista à Sputnik Brasil.

Em um importante pronunciamento realizado nesta quarta-feira, 13 de novembro, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, abordou questões essenciais que afetam a vida das mulheres no Brasil. Durante a entrevista, ela criticou a atual escala de trabalho de seis dias com apenas um dia de descanso, enfatizando que essa jornada desproporcionalmente sobrecarrega as mulheres, que já dedicam, em média, 17 horas a mais em trabalhos domésticos em relação aos homens. A ministra defendeu a necessidade de revisar essa estrutura de trabalho, argumentando que um novo modelo pode promover melhor qualidade de vida e saúde mental para as mulheres.

Gonçalves aproveitou a oportunidade para anunciar a criação do “Plano Clima das Mulheres”, uma iniciativa do Ministério, em colaboração com o Ministério do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. O plano visa endereçar questões de empoderamento econômico e social, focando na redução da pobreza e na vulnerabilidade que afeta especialmente as mulheres. A ministra destacou os desafios impostas pelas mudanças climáticas, ressaltando a importância de incluir as vozes femininas na luta contra a emergência ambiental.

Além disso, a ministra também compartilhou que seu ministério liderou um grupo no G20 dedicado ao empoderamento das mulheres, desenvolvendo propostas multidimensionais que visam melhorar a autonomia econômica e a participação política das mulheres. Ela afirmou que esse trabalho está alinhado com a necessidade de legislações mais robustas para combater a violência política de gênero, especialmente nas redes sociais.

Gonçalves não deixou de mencionar os problemas recentes de assédio dentro das esferas do Ministério das Mulheres e dos Direitos Humanos. Destacou que um grupo de trabalho está desenvolvendo um plano para mitigar essas situações, incluindo o fortalecimento de canais de denúncias como o 180 e a Ouvidoria das Mulheres, que buscam oferecer acolhimento e suporte às vítimas.

As declarações da ministra sublinham uma urgência em reavaliar políticas laborais e sociais, ao mesmo tempo que reconhecem os desafios interligados da tecnologia, do mercado de trabalho e da justiça climática. Ela enfatizou que o Brasil precisa avançar rapidamente para garantir um futuro mais justo e sustentável, principalmente promovendo a igualdade de gênero em todos os setores.

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