Em coletiva de imprensa após o encontro, Cid Gomes ressaltou a importância dessas cartas de anuência, afirmando que “é um número significativo de pessoas que pediram ao diretório, que compreendeu coletivamente que há razões de sobra para dar a essas pessoas a carta de anuência”. Segundo o senador, a decisão de ingressar na justiça individualmente está relacionada à perseguição que ele alega estar sofrendo por parte do diretório nacional, comandado pelo deputado federal e aliado de seu irmão Ciro, André Figueiredo.
Essas tensões culminaram no anúncio de uma interferência na esfera estadual por parte da Executiva, o que motivou a reação de Cid Gomes e seus aliados. Além disso, a guerra interna entre Cid e Ciro já levou à desfiliação de 12 políticos, marcando um período turbulento para o PDT.
O precedente positivo para os políticos que pediram anuência para deixar o partido ocorreu com o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, que foi o primeiro a receber a carta, gerando revolta no grupo de Cid. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) aprovou por unanimidade a desfiliação de Leitão do PDT, o que abre caminho para que outros parlamentares do grupo de Cid Gomes possam deixar o partido sem perder seus mandatos.
As divergências entre os grupos do senador e do ex-presidenciável Ciro Gomes ocorrem desde o ano passado e circundam o tema do apoio ao PT. Enquanto a ala de Cid defende uma aliança com o PT, os ciristas preferem que a sigla permaneça na oposição.
A lista de políticos que pediram anuência para deixar o partido inclui deputados federais, deputados estaduais e um vereador. A polarização no partido está se refletindo no embate entre as alas lideradas por Cid e Ciro Gomes, em uma disputa que promete continuar gerando tensões e turbulências internas no PDT.
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