Ciclistas do Distrito Federal optam por abandonar carro e transporte público para adotar a bike como meio de locomoção diário.

No cenário urbano do Distrito Federal, a presença de ciclistas nas ruas já é uma realidade comum. Seja para lazer, deslocamentos curtos ou como meio de transporte diário, a bicicleta se tornou uma aliada essencial para muitos moradores da capital do país. Com uma extensa malha cicloviária de 675 quilômetros, os adeptos desse meio de locomoção encontram na cidade um ambiente favorável para suas pedaladas.

Neste contexto, o Metrópoles decidiu explorar três histórias inspiradoras de ciclistas que abriram mão do carro e dos transtornos do transporte coletivo em prol da bicicleta. O economista Luigi Bellei, por exemplo, encontrou na bicicleta um meio de transporte saudável e econômico para se deslocar até o trabalho, percorrendo diariamente o trajeto entre a 912 Norte e o Setor Hoteleiro Norte.

Já o servidor público federal Alan Clécio adotou a bicicleta como meio de transporte há oito anos, percorrendo cerca de 15 quilômetros do Núcleo Bandeirante à Esplanada dos Ministérios. A iniciativa foi impulsionada por uma campanha de incentivo promovida pelo órgão onde trabalha, que disponibilizava estrutura adequada para estacionamento das bikes.

Outro exemplo de dedicação ao ciclismo é o caso de Júlio César dos Santos, que pedala do trabalho em Ceilândia até sua casa na QNL, em Taguatinga Norte. O ciclista se orgulha de ter realizado até mesmo uma cicloviagem de 14 dias, de Brasília a Juazeiro do Norte, no Ceará.

Apesar dos benefícios individuais e ambientais proporcionados pelo uso da bicicleta, os ciclistas entrevistados expressaram preocupação com a infraestrutura cicloviária do DF. Alguns trechos desprovidos de ciclovia e a falta de segurança nas vias compartilhadas com veículos motorizados são desafios enfrentados por quem opta por pedalar na capital.

Infelizmente, além desses desafios estruturais, casos de acidentes envolvendo ciclistas na região também foram destacados. Recentemente, foram noticiados episódios trágicos, como a morte do pioneiro de Brasília Edilson Gonçalves Vieira, de 86 anos, atropelado por uma caminhonete, e de um jovem no BR-080, em Brazlândia, vítimas de acidentes fatais.

Diante do Dia Nacional do Ciclista, celebrado em 19 de agosto, é essencial refletir sobre a importância da bicicleta como meio de transporte e lazer, bem como sobre a necessidade de melhorias na estrutura cicloviária e na segurança viária para proteger e incentivar os ciclistas da capital. O legado de Pedro Davison, ciclista que faleceu em um acidente no Eixão Sul, jamais deve ser esquecido, servindo de inspiração para a promoção de um ambiente urbano mais inclusivo e seguro para os amantes das pedaladas.

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