Chuvas Extremas em Maceió: Um Alerta para 2025
O ano de 2025 já começou a chamar atenção pelo seu comportamento climático irregular em Maceió, conforme relatórios do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil local. A análise evidencia que o regime de chuvas na capital alagoana é cada vez mais instável, com eventos extremos ocorrendo principalmente entre os meses de maio e junho, impactando diversas áreas e elevando os riscos para a população.
Abril de 2025 apresentou um cenário preocupante com uma estiagem significativa, onde apenas 27% da média histórica de precipitação foi registrada. No entanto, o quadro mudou drasticamente em maio, que se tornou o mês mais chuvoso do ano, acumulando impressionantes 519 milímetros — o que representa mais de 25% do total de chuvas registradas ao longo de todo o ano. Este aumento acentuado inclui quatro dias seguidos de chuvas intensas, culminando em um dia com um pico de 108 milímetros em apenas 24 horas.
Junho manteve a situação crítica, com a capital registrando 471 milímetros de chuvas, 46% a mais do que a média climatológica desse período. Em apenas dois meses, Maceió viu quase o equivalente ao que seria esperado em quatro meses de inverno. Essa saturação rápida do solo criou um cenário propício para deslizamentos de terra, especialmente em áreas vulneráveis e de encostas.
Após estes meses intensos, o padrão das chuvas em agosto mostrou-se instável, com um acumulado 30% acima da média. Em contraste, outubro apresentou um déficit de 58%. Apesar dos altos e baixos, o total anual de chuva até novembro alcançou 1.900 milímetros, que se alinha com a normalidade histórica, mas caracteriza-se pela concentração extrema em períodos curtos.
O meteorologista e coordenador do Cimadec, Hugo Carvalho, ressalta que essa irregularidade tem grandes implicações, especialmente para comunidades vulneráveis. Chuvas intensas em um curto espaço de tempo não apenas impedem a absorção eficaz do solo, mas também demandam respostas rápidas e eficazes por parte das autoridades locais.
Esses dados ressaltam ainda mais a necessidade de monitoramento climático contínuo e o uso de informações técnicas para o planejamento de ações que visem minimizar os impactos das mudanças climáticas na região. A resposta efetiva a esses padrões climáticos irregulares será crucial para garantir a segurança e o bem-estar da população.
