Chuva histórica em São Paulo causa mortes e caos no metrô, enquanto prefeito defende que danos são inevitáveis diante das mudanças climáticas.

Na última sexta-feira, 24 de janeiro, São Paulo enfrentou um intenso temporal que resultou em uma série de tragédias e transtornos para a população. A forte chuva, que atingiu o volume de 125,4 mm, foi considerada uma das mais severas na história da cidade. O episódio levou à morte de um idoso na Vila Madalena, na Zona Oeste, e causou o fechamento de três estações da Linha 1-Azul do metrô (Tucuruvi, Jardim São Paulo e Parada Inglesa), que permaneceram inoperantes por 55 horas, retornando apenas no domingo, 27.

O prefeito Ricardo Nunes, ao comentar a situação, afirmou que a cidade não tinha capacidade de enfrentar um evento climático tão extremo. Ele ressaltou que, diante de um volume de água dessa magnitude, “não havia o que fazer” para mitigar os danos. O prefeito fez questão de ressaltar que a intensidade das chuvas está diretamente relacionada às mudanças climáticas, um fenômeno que vem gerando precipitações mais intensas e em períodos mais curtos.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram a severidade dos danos enfrentados, com trilhos do metrô inundados, catracas cobertas de lama e refeitórios comprometidos. Para lidar com a situação, cerca de 200 trabalhadores foram mobilizados para realizar tarefas de drenagem, limpeza e reparos emergenciais. A estrutura de um muro de acesso, que não aguentou a pressão das águas, também foi reforçada.

Apesar dos desafios impostos pelo temporal, Nunes enfatizou as respostas rápidas da cidade e apontou que os investimentos em drenagem, canalização de córregos e contenção de encostas começam a demonstrar resultados. O prefeito anunciou ainda a construção de oito piscinões e a licitação de um novo projeto no rio Verde, em Itaquera, como parte das ações que visam enfrentar futuras adversidades climáticas.

A devastação gerada pela chuva histórica não só afetou a estrutura urbana da cidade, mas também levantou questionamentos sobre a eficácia das medidas preventivas em situações de clima extremo. Mientras a população busca recuperar a normalidade, a cidade se vê desafiada a reavaliar estratégias de planejamento urbano e contenção de enchentes.

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