Durante o mês, foram contabilizadas 217 ocorrências de diferentes naturezas, refletindo os efeitos desse clima intenso. Os principais registros envolvem problemas estruturais em edificações, com 545 ocorrências, e ameaças de deslizamento de solo, que totalizaram 296 casos. Esses dados fazem parte de um panorama maior, já que em toda a primeira metade de 2023, Maceió somou 1.793 atendimentos relacionados a eventos climáticos.
Apesar do elevado volume de chuvas, o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, ressaltou que não houve acidentes graves durante o período. Segundo ele, esse resultado é indicativo da eficácia das ações preventivas e da conscientização da população, que tem adotado comportamentos mais seguros em dias de forte chuva.
Maio já havia apresentado uma situação crítica, com um volume de precipitação 75% acima da média, resultando em 1.148 ocorrências. Com o mês de julho se aproximando, a previsão indica 270 mm de chuva, o que mantém o alerta em áreas vulneráveis. A Defesa Civil permanece atenta às condições climáticas, com equipes de plantão nas ruas, focadas na prevenção e no atendimento às famílias afetadas.
Nos últimos 15 dias, 52 pessoas foram desalojadas e precisaram buscar abrigo temporário com familiares. As autoridades informaram ainda que o nível das boias na bacia do Rio Mundaú está sendo monitorado de perto, e, no momento, não há risco de inundações iminentes.
Para as próximas horas, o tempo permanece instável, com previsões de pancadas de chuva de intensidade variável. O Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió (CIMADEC) continua realizando o monitoramento em tempo real e emitindo alertas à população em caso de risco, reafirmando seu compromisso em garantir a segurança da comunidade e salvar vidas.