O principal suspeito da morte, identificado como Zhaohu Qiu, um cidadão chinês, foi formalmente indiciado pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. O corpo de Marcelle foi descoberto nu e enrolado em uma lona preta dentro de uma residência na Rua São Fidélis. Informações preliminares sugerem que, após o assassinato, o corpo foi lançado aos cães, em uma tentativa desesperada de eliminar provas que poderiam implicar o autor do crime.
Após uma colaboração intensiva entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Polícia Civil de São Paulo, Zhaohu foi localizado e detido na capital paulista. Durante o interrogatório, ele confessou sua participação no crime, detalhando que após o ato violento, escondeu o corpo em um imóvel em reforma, a apenas 800 metros do local do homicídio. Para realizar essa tarefa macabra, utilizou um carrinho de mão e a lona que antes fazia parte de sua casa.
A investigação também revelou a presença de um amigo de Zhaohu, outro cidadão chinês que, segundo relatos, estava no local e ouviu os gritos de Marcelle, mas não prestou qualquer tipo de ajuda. Por isso, ele também foi indiciado por omissão de socorro, um crime que levanta questões éticas e legais sobre a responsabilidade de testemunhas em situações de violência.
O caso agora segue para o Ministério Público, que irá analisar o inquérito e solicitar a conversão da prisão temporária de Zhaohu Qiu para preventiva. Essa medida visa garantir que o indiciado permaneça detido enquanto o processo avança, refletindo a seriedade e a gravidade das acusações que pesam sobre ele. A tragédia que envolveu Marcelle não só impactou sua família e amigos, mas também acarretou uma onda de indignação em toda a sociedade, ressaltando a necessidade urgente de discutir a violência contra a mulher e cuidados com a segurança pública.