China tenta restaurar acordo comercial com EUA para evitar tarifas de Trump

Recentemente, a China manifestou sua intenção de reverter as tarifas que o governo dos Estados Unidos impôs sobre uma série de produtos chineses, o que vem à tona em um contexto de crescente tensão comercial entre as duas potências. Em 1º de fevereiro, a Casa Branca anunciou a aplicação de tarifas de 10% sobre produtos chineses, uma medida que pode ser apenas o começo de ações mais severas, com o ex-presidente Donald Trump ameaçando elevar essas taxas para até 60% durante sua campanha eleitoral.

Esse cenário reflete a continuidade das disputas comerciais que marcaram os últimos anos entre os dois países. De acordo com fontes, o governo chinês está elaborado propostas que buscam reestabelecer um acordo comercial previamente firmado com a administração Trump em 2020. O chamado “Acordo da Fase Um” visava um aumento nas compras de bens e serviços americanos pela China, totalizando US$ 200 bilhões em um intervalo de dois anos, embora tenha sido considerado insuficiente e não cumprido em sua totalidade.

Pequim está agora disposta a renegociar compromissos, buscando garantir que suas indústrias evitem tarifas mais pesadas. A nova abordagem da China incluiria discussões sobre setores críticos, como baterias para veículos elétricos, além de um compromisso em reduzir a exportação de precursores químicos usados na produção de fentanil, uma substância opióide que tem gerado preocupações nos Estados Unidos.

A Embaixada Chinesa em Washington já respondeu à mais recente imposição de tarifas, instando o governo americano a “corrigir seus erros”, enquanto o Ministério do Comércio da China anunciou sua intenção de contestar essas medidas na Organização Mundial do Comércio (OMC). Este panorama ressalta não apenas a fragilidade das relações comerciais sino-americanas, mas também a complexidade das negociações que buscam promover uma estabilidade comercial em meio a tensões geopolíticas. A reação de ambos os países pode ter ramificações significativas, não só para suas economias, mas também para a dinâmica do comércio global nos próximos anos.

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