China sugere que EUA liderem cortes em gastos militares para estabilidade global, conforme declarações do MRE chinês sobre a defesa mundial.

Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores da China chamou a atenção para o elevado orçamento militar dos Estados Unidos, em resposta às declarações do ex-presidente Donald Trump, que sugeriu uma cúpula trilateral com os líderes da Rússia e da China para discutir uma possível redução de gastos militares. O porta-voz da chancelaria chinesa, Guo Jiakun, argumentou que, se os Estados Unidos estão realmente comprometidos com a política “America First” (“América Primeiro”), deveriam ser os primeiros a implementar cortes em seu próprio orçamento de defesa, que é o maior do mundo, representando 40% dos gastos globais na área.

Trump, ao propor essa cúpula, busca uma diminuição dos orçamentos militares dos três países envolvidos. No entanto, Jiakun destacou que os Estados Unidos gastam mais em defesa do que os próximos oito países combinados. Esse contexto levanta questões sobre a verdadeira motivação por trás do pedido de Trump e ilustra a disparidade nos orçamentos militares globais. A China, conforme ressaltou o porta-voz, apresenta uma despesa militar relativamente modesta em comparação com os Estados Unidos, independentemente de se olhar para os números absolutos ou a proporção do PIB, do orçamento estatal ou despesas per capita.

Jiakun também enfatizou a responsabilidade dos Estados Unidos e da Rússia, que detêm 90% do arsenal nuclear global, em manter a estabilidade internacional. Ele argumentou que, para garantir a segurança global, esses países devem evitar ações que possam desencadear uma nova escalada de tensões, especialmente em um cenário onde o arsenal nuclear continua a ser uma preocupação central.

A declaração do porta-voz reflete uma crescente tensão nas relações internacionais, onde o desarmamento e a segurança global estão em pauta. A proposta de Trump é vista como uma oportunidade, mas também como um desafio para a diplomacia na era moderna, onde a confiança e a cooperação entre as potências nucleares são cruciais para evitar conflitos maiores.

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