China responde à advertência dos EUA e reafirma compromisso com cooperação igualitária com o Brasil na Nova Rota da Seda.

Recentemente, a Embaixada da China no Brasil emitiu uma declaração contundente em resposta aos comentários feitos pela chefe de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai. Durante um evento realizado em São Paulo, Tai sugeriu que o Brasil deveria ser cauteloso ao considerar uma adesão à iniciativa chinesa conhecida como Cinturão e Rota, ou Nova Rota da Seda. Segundo ela, o país deve refletir sobre qual caminho proporciona mais resiliência, tanto para sua economia quanto para a economia global.

A nota emitida pela porta-voz da embaixada chinesa, Li Qi, descreveu os comentários de Tai como “irresponsáveis”, ressaltando a importância do respeito à soberania brasileira. A Embaixada enfatizou que o Brasil merece ser respeitado como uma nação grande e independente, com uma projeção internacional significativa. A nota birava um descontentamento claro em relação à intervenção americana na política externa do Brasil, afirmando que a nação sul-americana tem plenos direitos de decidir suas parcerias internacionais sem a influência ou imposições de outros países.

Além disso, o comunicado enfatizou a longa relação diplomática entre os dois países, que já dura 50 anos. Pequim manifestou seu compromisso com uma cooperação igualitária e mutuamente benéfica, ressaltando que as relações sino-brasileiras são fundamentadas na confiança e no desenvolvimento conjunto. A China se posicionou como uma parceira que valoriza a relação, destacando o potencial positivo de um fortalecimento da cooperação, não só para os dois países, mas para o reconhecimento do Brasil no cenário internacional.

Na conclusão, o governo chinês expressou a expectativa de que um aprofundamento das relações entre Brasil e China possa atrair a atenção global e incentivar investimentos diretos de outros países, promovendo um ambiente de cooperação mais robusto. Essa troca de posicionamentos demonstra a crescente complexidade das relações internacionais e a busca do Brasil por equilibrar suas alianças estratégicas, enquanto navega entre as influências de potências globais como China e Estados Unidos.

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