Em um comunicado, o Ministério do Comércio da China destacou que essa decisão pode prejudicar as relações comerciais entre os países e afetar negativamente o ambiente de investimento. A crítica também recebeu apoio do Ministério das Relações Exteriores chinês, que enfatizou a importância de cooperação econômica e diálogo entre nações, ao mesmo tempo em que manifestou a esperança de que o México reverta essas tarifas.
A situação é delicada. Em maio de 2025, as exportações do México para a China alcançaram apenas US$ 686 milhões, enquanto as importações do país asiático chegaram a impressionantes US$ 10,64 bilhões. Isso demonstra um déficit significativo nas trocas comerciais a favor da China. Este cenário acirra ainda mais as tensões entre os dois países, especialmente em um contexto global marcado por disputas comerciais e políticas.
Além do descontentamento com as tarifas, o Ministério do Comércio chinês lembrou que uma investigação sobre barreiras comerciais e de investimento em relação ao México foi iniciada no final de setembro de 2025 e está em andamento. Essa investigação visa examinar o impacto dessas tarifas sobre a fluidez do comércio bilateral e o ambiente econômico mais amplo.
A medida do Senado mexicano, além de estar inserida em uma estratégia de proteção à economia local, também reflete um movimento mais amplo na região, onde diversos países buscam fortificar suas indústrias frente à competição internacional crescente. No entanto, a resposta da China pode ser um indicativo de que, em um mundo cada vez mais interconectado, ações unilaterais podem gerar mais conflitos do que soluções. O desenrolar dessa situação será crucial para o futuro das relações comerciais entre o México e a China, além de influenciar a dinâmica de comércio na região.
