As novas tarifas foram anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump em 2 de abril e afetaram produtos de vários países, incluindo a China, um dos principais parceiros comerciais dos EUA. Essa medida foi justificada por Trump como uma tentativa de corrigir o déficit comercial americano, o que, segundo ele, traria um equilíbrio desejado nas relações econômicas. Para a China, são 34% de impostos adicionais que, somados aos 20% já impostos anteriormente em razão de ações alegadamente insuficientes para conter a exportação de fentanil do país para os EUA, resultam em um significativo onus sobre as mercadorias chinesas.
Pequim respondeu de forma proporcional, anunciando o aumento de tarifas sobre produtos americanos, que entrará em vigor em 10 de abril. Essa reviravolta nas relações comerciais levantou preocupações sobre a possível deterioração da ordem econômica global. O ministério das Relações Exteriores da China, por meio do chanceler Wang Yi, enfatizou que as tarifas americanas são infundadas e não trarão soluções para os problemas internos dos EUA, mas, ao contrário, causarão danos ao mercado global e à credibilidade dos Estados Unidos.
O governo chinês reiterou sua determinação em proteger sua soberania e interesses de desenvolvimento. O apelo é claro: as negociações comerciais devem ocorrer em um ambiente de respeito mútuo e livre de ameaças. A intensificação das tensões comerciais entre as duas potências não apenas impacta as economias dos países envolvidos, mas também levanta questões sobre a estabilidade da comunidade econômica internacional. O futuro da dinâmica econômica global está em jogo, e as decisões tomadas por ambos os lados terão repercussões que vão além de suas fronteiras.