China Rebate Acusações de Trump sobre Violação de Acordo Comercial e Defende Suas Medidas de Comércio Global

Em uma declaração oficial nesta segunda-feira, 2 de junho de 2025, o Ministério do Comércio da China refutou as alegações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país teria violado um acordo comercial firmado entre as duas nações durante negociações em Genebra. As acusações de Trump, feitas na última sexta-feira, 29 de maio, afirmam que a China não cumpriu compromissos relacionados à redução de tarifas.

O ministério chinês defendeu enfaticamente que atuou para implementar e respeitar o acordo, enquanto criticou os Estados Unidos por adotar uma série de medidas consideradas “discriminatórias e restritivas”. Essas ações incluem novas diretrizes para o controle de exportações de chips de inteligência artificial, a suspensão da venda de softwares relacionados à fabricação de chips e a revogação de vistos para estudantes chineses, medidas que, segundo a China, agravam a tensão nas relações comerciais entre os dois países.

No âmbito dessas tensões, o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que os Estados Unidos iriam começar um processo de revogação de vistos, especialmente direcionado a estudantes com laços ao Partido Comunista Chinês ou que estudam em áreas consideradas críticas. Essa panorama de desconfiança crescente se intensifica num momento em que, em meados de maio, uma pausa nas tarifas foi acordada por um período de 90 dias. Durante esse período, os EUA se comprometeram a reduzir temporariamente a tarifação de mercadorias da China em cerca de 20%, enquanto a China prometeu não adotar contramedidas comerciais que afetassem suas exportações essenciais para o setor norte-americano de semicondutores.

Os desentendimentos entre os governos estão longe de se resolver, e refletem um clima de incerteza não só nas relações bilaterais, mas também no comércio global. Enquanto isso, Trump também enfrenta desafios internos. Recentemente, um tribunal federal em Nova York decidiu bloquear tarifas impostas pelo presidente a praticamente todos os países, avaliando que ele havia extrapolado sua autoridade. Em contraste, outra corte federal possibilitou a Trump manter a política tarifária, o que vem contribuindo para um cenário confuso e polarizador.

Diante dessa disputa acirrada e das reações judiciais, o futuro das relações comerciais entre os Estados Unidos e a China permanece incerto, com ambos os lados se preparando para uma prolongada období de tensão comercial. Com cada ação provocando reações em cadeia, o ambiente econômico global continua a experimentar instabilidade, afetando mercados e relações internacionais de maneira significativa.

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